quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sebos



Hoje um lugar mucho empoirado me fez feliz na minha cidade natal, que eu já comentei ser quase de interior de tão parada. – sorry, rio grandinos, é parada de fato – Deixamos de vegetar na casa dos meus avós pra irmos, yo e minha mãe, num sebo no centro da cidade.
É só entrar num sebo pra começar a me sentir a Becky Bloom de “Os delírios de consumo de Becky Bloom”; não posso evitar. :D São pilhas e pilhas de livros antigos, novos, clássicos, contemporâneos, bem cuidados ou uns trapos, em edições de encadernação especial...
Hoje demos sorte e conseguimos livros ótimos: “Os melhores contos de Alexandre Dumas”, “O livro de Daniel Quinn” de William Kennedy, “Assassinato no Expresso do Oriente” de Agatha Christie e “A Jovem de Paris” de Joan Aiken.
Vocês devem pensar “Ahhh, nhe nhe, sebos são lugares empoeirados, escuros...”. E tá, geralmente são mesmo. :D Mas também são lugares ótimos pra conseguir bons livros (geralmente clássicos, né, não esperem best-sellers) a preços muy muy acessíveis, além de ter todo o romantismo de saber que aquele livro já pertenceu a alguém e tem história...
Ah, falando em história, um dia estava lendo o livro “O amante” de Marguerite Duras, comprado em sebo. Muito bom o livro, em primeira pessoa, fácil de ler, sem que isso desmereça o livro... Enfim, estava lendo e quando chega exatamente o fim, o desfecho da história, vejo que a última página... Cadê a última página? Tinha um rasgo preenchendo o seu lugar. Será que seu antigo dono se irritou com o fim e arrancou a última pagina? Será que ele/ela tinha um filhinho e este, fazendo arte, estragou o livro? Ou será que foi simplesmente falta de cuidado na hora de guardar o livro? Hm, cheeeio de história... até demais. :D
Então, pra quem gosta de ler, minha dica de hoje é vocês correrem pro sebo mais próximo.
Beijoss.

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