segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cinema de quinta

Eu fiquei pensando no que poderia postar pra hoje, assim, de imediato. E percebi que não tenho nada de muito útil pra postar. Aí como eu to meio muito grogue, e não fiz nada nesse fim de semana, vou contar do meu cinema de quinta. Quinta de quinta-feira.
Ok, estávamos lá, eu e Milena, na fila pra comprar os ingressos para ver Harry Potter, e o príncipe mestiço. Ah, não é príncipe mestiço, é enigma do príncipe, né? Whatever, a gente tava lá e eu louca pra ver, bem nerd mesmo, um dia após a estréia. Quando chegou a nossa vez, a Milena comprou o dela primeiro, mostrou carteirinha de estudante pa pa pa, todas as frescurinhas, apresentou identidade e fine, ingresso na mão.
Minha vez, a tia do guichê me cobrou o ingresso inteiro porque eu ainda não tenho a minha carterinha feliz, mas ok, eu sabia que ia pagar o inteiro. Dei o dinheiro, a tia com o ingresso prontinho pra me entregar e ela pergunta:

“Quantos anos tu tem?”.
Eu fiquei, hã? Olhei pro cartaz perto da gente e a classificação indicativa era de 10 anos... PELAMORDEDEUS!
“13”, eu respondi.
Aí a tia:
“Tu tem identidade ou algum documento que comprove que tu tem 13 anos?”
QUEEEE? Nunca pediram nada, nem pra filmes com classificações mais altas e agora eles resolveram cobrar? Logo na minha vez? Deu vontade de dizer:
“Olha, tia, na verdade eu acabei de fazer oito anos. Ooooito anos, inteirinhos. E eu vou fazer uma festa da Barbie, tudo rosa!”
“Ta, mas ta na cara que ela tem 13 anos!” disse a Milena.
A tia fez cara de “não posso fazer nada” e isso me deu mais raiva. HUAHEUA.
“Desde quando vocês resolveram pedir identidade? A gente veio não faz muito tempo e não tinha essa história”
Sim, aí você se pergunta: Mas a Thaís não podia mostrar a jouça da identidade? HAHA, era esse o problema, eu ainda não fiz uma. É, não fiz. Breve historinha sobre eu e a identidade: Quando era menor, da faixa dos 6 aos 10 anos, por aí, um dos meus sonhos era tirar identidade. Junto com o sonho de ter celular, que ninguém queria me dar. “Ah, mas agora eu podia estar jogando o joguinho da cobrinha, e eu não tenho nada pra fazer!” Sem malícias pra cobrinha, ok? HEUAHE O mais legal foi que quando eu finalmente ganhei o sonhado celular, eu nunca tava com ele. Nunca, nunca e sempre brigavam comigo: “Pra que é que tu tem celular, hein?!”, além do fato de ninguém me ligar (oh, por que será?) e eu nunca jogar o tal joguinho da cobrinha. Enfim, voltando a identidade, meu soooonho era poder tirar uma foto 3x4 (eu adorava tirar fotos, ser filmada...), molhar meu dedo na tinta e carimbar naquele papel e depois poder assinar meu nome, bem bonito e cheio de estrelinhas e riscos e coraçõezinhos. Meu sonho, juro.
Só que na época me diziam que era muito cedo pra eu tirar identidade, que depois eu ia estar grande e com a identidade com a foto de eu mais nova, desdentada e fofinha. Eu não aceitava isso. Por acaso eu ia crescer mais que aquilo? Eu já era muuuuito grandinha e podia, sim, tirar identidade, humpf. Mas não adiantava, ninguém acreditava em mim. Aí agora, que já dá pra tirar identidade, porque eu não vou mudar tanto assim, eu nunca tiro. Não é birra, é que dá pra ir levando assim, sem identidade. Claro que é meio constrangedor ter que levar às vezes certidão de nascimento para comprovar a minha idade... Mas é apenas um detalhe. E foi ficando: “Ah, tem que tirar tua identidade, filha”. Tem mesmo, mas fica só nisso. Certo, a minha breve historinha ficou meio comprida... HEUAHEU
Tá, voltando ao cinema: a tia do guichê e as pessoas da fila olhavam pra mim e a Milena impacientemente. Eu juro que comecei a ficar com medo. A tia respondeu ao meu comentário de antes, com expressão de descaso, tipo “ah dane-se”.

“Era pra se pedir identidade sempre...”
“Mas não tem como tu nos liberar? Eu já comprei o meu ingresso e tudo...” A Milena choramingou.
Aí a tia do guichê nos olhou como se do nada ela tivesse percebido que, inacreditavelmente, a gente só queria ver o filme.
“Olha, eu posso até liberar o ingresso, mas as outras gurias podem barrar vocês” ela disse.
Ela quis dizer, que na hora que fossem pegar nosso ingresso e carimbar e deixar a gente entrar na sala de cinema, as ooutras tias podiam pedir identidade também.
“Tem como devolver o ingresso, né?” eu quis me certificar.
“Sim, tem” ela respondeu.
A tia fez cara de “oh droga, to fazendo coisa errada” mas me entregou o ingresso. Ok, conseguimos. Saímos meio irritadas e saltitantes, permitindo que a fila andasse. Irritadas porque não foi tão fácil assim conseguir um ingresso, e saltitantes por ter ao menos conseguido comprar o ingresso. Depois de termos reclamado bastante do incidente no cinema, caminhado pelo shopping, entrado em algumas lojas e termos conversado um pouco, vimos que já estava na hora da nossa sessão.
Compramos pipoca e tal, e nos encaminhamos pra entrada, onde nos esperavam – mentira- dois atendentes. Nós estávamos um pouco confiantes demais, ou esquecidas, sobre o fato que a tia podia não nos deixar entrar e o máximo que ia acontecer era a gente ter o dinheiro de volta e ter que comer a pipoca sentadas numas mesinhas ali por perto. Ok, entreguei o meu ingresso e o da Milena pra atendente que estava com o carimbo, esperando que ela não chiasse e logo dissesse: “Sala 12” ou algo assim, com a costumeira rudeza e frieza que todos os atendentes de todos os lugares parecem ter.
A atendente chegou a carimbar o meu, ia carimbar o da Milena e parou.

“Vou precisar da identidade e carteirinha de estudante de vocês, gurias”.
Opa! Droga, droga, droga... Olhei pra Milena, que inexpressivamente pegou a carteira dela da minha bolsa e entregou carteira de estudante identidade pra atendente. A tia examinou os documentos e o ingresso, e sem mais, disse com a costumeira rudeza e frieza:
“Primeira sala à direita”.
Eu fiquei: QUEEEEEE?! Ela tinha se esquecido de pedir a minha identidade... Tentei respirar calmamente e reprimir um sorriso que certamente me denunciaria. Entramos na sala calmamente... Me virei pra Milena já pulando e comecei com gritinhos nervosos. “Ela esqueceu! Eu consegui entrar! Esqueceeeeeeeeeeeeram!” Íamos assistir Harry Potter, e acho que a emoção toda nem foi por poder assistir o filme, no final das contas. Nunca vi tanta aventura pra poder assistir um filme.

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Aê galerë, história emocionante. HUHEAUHEUAHEUAH
Aaaaaaaaaaah foi joinha, no mínimo.
Muitos beijos, muitos beijos. :*

2 comentários:

Anônimo disse...

K MULHER S NOÇÃO!!!! AINDA BEM Q VC VIU BJS

Nath disse...

THAAAAAIS *OOO*.
Amei a mulherzinha,ela tava fazendo o trabalho dela. HEUEUHEUEHUEHEUHEUEHEUEH'

Beijos,aah eu fiz meu blog(ta ridiculoo)
é www.apenasmeulado.blogspost.com/

beijos,beeeijos;*